01 outubro 2010

Media: Embaixador em Madrid defende aposta renovada nas exportações portuguesas
(Oje/Lusa) O embaixador de Portugal em Madrid defendeu uma renovada aposta nas exportações portuguesas, referindo que apenas 5% das empresas nacionais exportam e que, das 7.800 que o fazem, apenas um quarto vai ao mercado espanhol. 

"Há, com certeza, inúmeras possibilidades de entrar no mercado exportador e reforçar a presença em Espanha. E para isso as empresas devem fazer uma análise objectiva do mercado e tentar separar as boas decisões de investimento no terreno da conjuntura mediática adversa", afirmou Álvaro Mendonça e Moura. O embaixador português falava na noite de quinta-feira na cerimónia de entrega em Madrid dos prémios anuais da Câmara Hispano-Portuguesa (CHP), entregues às empresas portuguesas EDP e Bial e às espanholas Corem e Prosegur. A EDP foi galardoada com o prémio "Mérito Empresarial - Empresa Portuguesa em Espanha" enquanto a Bial foi considerada "Melhor Empresa Portuguesa em Espanha". À Prosegur foi atribuído o prémio "Mérito Empresarial - Empresa Portuguesa em Portugal" e à Coren o prémio de "Melhor Empresa Espanhola em Portugal".
Recordando que as economias de Portugal e de Espanha estão "irreversivelmente ligadas", Mendonça e Moura disse que "a evolução do PIB em cada um dos países influencia a evolução da criação de riqueza no outro".

A "nova etapa de crescimento da relação comercial" deve passar tanto pelo mercado ibérico como por outros mercados, canalizando parte da liquidez disponível nas empresas para "mobilizar investimentos". Os dois países "precisam que os seus agentes económicos coincidam na defesa das suas capacidades e demonstrem o potencial de criação de riqueza que está neste momento relativamente entorpecido", afirmou. Álvaro Mendonça e Moura destacou a importância de "unir esforços", especialmente no actual momento de crise, procurando maximizar a acção de instituições como a Câmara Hispano-Portuguesa "num mundo crescentemente exigente e competitivo".

Num momento de crise, potencialmente "a mais grave" da actual geração, Mendonça e Moura destacou a "pressão dos mercados" que disse resultar, em muitos casos, "mais da especulação do que da capacidade concreta dos países em honrarem os seus compromissos". Aureliano Neves, presidente da CHP, enalteceu o apoio dado nos últimos 40 anos à actividade da entidade, afirmando que "as relações ibéricas, tanto comerciais como de investimento, constituem o eixo mais importante das actividades da câmara". "Sem distinção de dimensão das empresas, tudo temos feito para apoiar os nossos sócios, apostando na proximidade às pequenas e médias empresas que sabemos mais desprotegidas", frisou. Referindo-se às empresas premiadas este ano, Aureliano Neves considerou-as "excelentes exemplos de internacionalização altamente especializada", tendo muitos dos seus interesses sido "concentrados nos mercados dos dois países ibéricos.

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